Gulas@EPUR

EPUR é uma palavra que só está completa se acrescentarmos um "o" no final... Porque tudo no restaurante de Vincent Farges está no seu estado mais puro.

Desde a louça e cutelaria de design simples mas muito elegante, ao espaço minimal que contrasta com a vista de uma Lisboa pombalina, com o seu rendilhado de telhas, até à escolha dos ingredientes e confecção dos pratos.


No EPUR o pão é ancestral e o gosto intemporal, acompanhado por uma manteiga açoreana batida à mão (reconheci logo a Rainha do Pico!) e um monocasta cobrançosa a fazer jus ao aromático azeite transmontano.


O menu de almoço é uma degustação de 4 pratos numa osmose terra e mar que priveligia as texturas, os sabores genuínos e a estética sublime da apresentação, com traços de ikebana.

Já com água na boca?

Não me alongo muito com os pratos à prova porque provavelmente não os vão apanhar numa carta que reinventa o sazonal, quase diariamente, e, pelas críticas que li, quase nenhum comensal mostrou o mesmo prato no curto espaço de tempo que o restaurante abriu.

Eu mostro as minhas cartas e desafio os jogadores mais assertivos a irem buscar uma mão. Neste baralho todas as cartas são ases. 


Quanto a estrelas Michelin, para já vai uma conquistada na edição de 2019, com um ano de existência o que mostra que este céu pode vir a ficar mais estrelado
.

Tem também uma entrada direta na distinção máxima do Lisboa à Prova, um concurso que há 13 anos avalia e distingue os melhores restaurantes da cidade e ainda um Garfo de Ouro na distinção do Expresso "Boa cama, Boa mesa". E mais virão... 


Por todas estar razões, visitem o espaço à noite e olhem para o céu. Vão vê-las a brilhar no seu estado mais puro. 


@gulasdosardinha

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